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Criminosos se passam pela família de adolescente grávida assassinada para aplicar golpes
Polícia | 19 de Março de 2025 as 07h 30min
Fonte: Unica News

Criminosos têm se passado por familiares de Emilly Azevedo Sena, adolescente de 16 anos que estava grávida de 9 meses e foi assassinada na última semana, para aplicar golpes através das redes sociais. Os golpistas pedem dinheiro e doações para supostamente ajudar a mãe da vítima, Ana Paula Azevedo, mas tudo não passa de mentira.
Neuza Sena, irmã de Ana Paula e tia de Emilly, contou durante sua participação em sessão da Câmara Municipal nesta terça-feira (18), que desde o dia em que Emilly foi velada, na última sexta-feira (14), os criminosos já estavam pedindo dinheiro em nome da família. Desde então, os familiares vêm usando as redes sociais para esclarecer que as arrecadações são falsas e criadas por golpistas que pretendem usufruir do dinheiro obtido.
“Pessoas oportunistas estão pedindo dinheiro para a população que está comovida para ajudar a família da Ana Paula. A gente não está pedindo [dinheiro]. No dia do velório da Emilly, na sexta-feria, já estava pedindo e a gente nas redes sociais que a gente não estava pedindo”, contou Neuza.
A tia de Emilly contou ainda que uma pessoa em específico se passou por pessoas próxima à família, divulgou a chave PIX pedindo dinheiro e chegou a divulgar um ponto de arrecadação de doações no bairro Pedra 90, em Cuiabá.
Diante das farsas e golpes aplicados para furtar daqueles que se comoveram com a história e gostariam ajudar a família, Neuza alerta a população e expressa sua revolta: “Pessoas oportunistas, golpistas, estão aí. Não respeitam a dor da família em meio a tragédia, se levantam para tirar vantagens”.
Arrecadações
Em parceria, o executivo e legislativo municipal anunciaram durante a sessão desta terça-feira uma campanha solidária para arrecadar leite, fraldas, roupas e outros itens essenciais que serão destinadas tanto à filha de Emilly, quanto a outras famílias em situação de vulnerabilidade. A campanha não receberá contribuições financeiras, seja por meio de transferências bancárias ou valor em espécie.
Os pontos de coleta funcionarão exclusivamente na Câmara Municipal de Cuiabá e na e na Secretaria da Mulher, que fica localizada na Avenida Getúlio Vargas.
O crime
Grávida de 9 meses, Emilly saiu de casa na quarta-feira (12) e disse para o pai que buscaria roupas de bebê que havia ganho em Cuiabá, pois contava com as doações para montar o enxoval. Nataly Helen Martins Pereira a atraiu para uma emboscada, onde a atacou, realizou o parto do bebê de maneira forçada e a deixou morrer sangrando. Vinte e quatro horas depois, o corpo da adolescente foi encontrado em uma cova rasa no quintal ao fundo da casa de parentes da assassina.
Conforme noticiado, Emilly morreu por hemorragia, após ser asfixiada com um fio de internet — que a deixou apenas inconsciente — e ter a barriga cortada com uma faca de cozinha. "E como ela estava viva, tirou o nenê enquanto ela estava viva. Ela foi agonizando e morreu", destacou a Diretora Metropolitana de Medicina Legal, Dr. Alessandra Carvalho.
A jovem morreu "exsanguinada", ou seja, perdeu todo o sangue de seu corpo. A hemorragia foi causada por dois cortes grandes feitos na barriga dela para retirar a bebê, em forma de "T".
Prisões
Com Emilly ainda desaparecida, Nataly, acompanhada do marido, Christian Albino Cebalho de Arruda, foi presa no Hospital e Maternidade Santa Helena, tentando registrar uma bebê recém-nascida, que mais tarde descobriu-se ser filha da vítima, alegando ter parido em casa. No entanto, a equipe médica foi bastante perspicaz e percebeu que a mulher não tinha sinais parto recente. A suspeita foi confirmada através de exames.
A recém-nascida ficou internada no hospital e o casal foi preso em flagrante.
Na manhã de quinta-feira (13), a Polícia Civil fez buscas na casa de um parente de Nataly, onde o corpo de Emilly foi encontrado na cova rasa. Então outras duas pessoas foram presas. A assassina, porém, confessou o crime, isentado o marido e os outros dois de participação no crime. Diante disso, apenas ela ficou presa e eles foram liberados na noite de quinta-feira.
Felizmente a bebê está saudável e recebeu alta na última sexta-feria (14). Liara, nome escolhido pela família, será criada em guarda compartilhada pela mãe e marido e Emilly.
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