Morte na Amarok
Ex-mulher de assassino confirma namoro com jogador de vôlei e nega que ele tivesse arma
O criminoso alegou que matou o atleta usando a arma dele, pois estava sendo extorquido
Polícia | 17 de Julho de 2025 as 07h 40min
Fonte: Unica News

A ex-esposa do empresário Idirley Alves Pacheco, que matou o ex-jogador de vôlei da Seleção Brasileira Sub-19, Everton Pereira Fagundes da Conceição, confirmou estava em um relacionamento amoroso com a vítima. O criminoso alegou que matou o atleta usando a arma da vítima, pois estava sendo extorquido, mas de acordo com o delegado Caio Fernando Alvares Albuquerque, a hipótese foi descartada, sobretudo após sua ex afirmar que ele já usava o armamento.
Ao ser preso, quatro dias após cometer o crime, Pacheco informou que a arma do crime estaria escondida em uma área de mata. A Polícia Civil realizou buscas pelo objeto, mas não foi localizado.
O crime aconteceu na noite de 10 de julho, no bairro no Residencial Paiaguás, em Cuiabá. Investigações preliminares apontaram que, ao desconfiar da relação amorosa entre a ex-esposa e Everton, Pacheco armou uma emboscada para o ex-jogador, pedindo-lhe um favor, fazendo com que ele dirigisse uma Volkswagen Amarok. No trajeto, houve uma colisão entre o veículo em que os dois estavam e outra caminhonete. Neste ínterim, o ex-atleta foi morto com pelo menos três disparos de arma de fogo efetuados pelo empresário, que fugiu logo em seguida.
Embora estivessem separados já há seis meses, a mulher e o criminoso faziam parte de um trio de amigos, cujo terceiro membro era Everton. O ex-jogador estaria tentando apaziguar a situação para que terminassem de maneira “amigável”, visto que o relacionamento tinha um histórico de violência doméstica e a mulher chegou a solicitar uma medida contra Pacheco.
Em nova oitiva, a ex-esposa de Pacheco relatou à polícia que conhecia Everton há cerca de um mês. Ele foi apresentado ao casal no contexto religioso e, ao descobrir sobre a relação conturbada, se propôs a fazer uma “mediação”, mas acabou se envolvendo romanticamente com a mulher.
“Segundo ela, há cerca de um mês, que a vítima apareceu no contexto familiar, uma pessoa ali por vínculos religiosos, ele é apresentado, e depois ele se dispõe a auxiliar ali na separação do casal. Só que nos últimos dias, já nesse mês, que há essa aproximação mais íntima dos dois. Segundo ela, o ex-marido não sabia. Pelo que ela percebeu, o ex-marido não sabia desse vínculo”, relatou o delegado.
Durante a oitiva, a ex-esposa de Pacheco ainda o desmentiu, afirmando que a arma utilizada para matar era dele e não do ex-jogador. “Era uma arma de uso dele [Pacheco], de uso pretérito. Então é uma arma que ela [ex-esposa] mesma conhecia, era uma arma que ele usava para efetuar disparos em região, em alguma zona rural, então era uma arma que ele já usava antes dos fatos, e com isso a gente prova mesmo que ele fazia uso dessa arma de fogo”, contou o delegado.
O crime
A ex-esposa de Pacheco deu detalhes sobre a emboscada que ele armou para atrair Everton. O criminoso pediu um favor ao ex-jogador, dizendo que precisaria levar sua filha em determinado local e deixar a Amarok em outro. Então, ele pediu para que o ex-jogador o levasse e depois seguisse com o veículo. Isso para fazer com que a caminhonete fosse conduzida pelo ex-atleta.
Os dois se encontraram na presença da ex-esposa de Pacheco. No local, havia duas caminhonetes Amarok, uma branca e uma prata. O criminoso pegou alguns brinquedos da caminhonete branca e pediu para que o ex-jogador fosse para a caminhonete prata, pois iriam com ela. Enquanto o empresário pegava os objetos, a mulher o viu sacando a arma e caminhando em direção ao ex-atleta. Então, Pacheco entrou no utilitário, apontou a arma para cabeça do “amigo” e mandou que dirigisse.
Assim que os dois saíram na Amarok prata, a ex-esposa de Pacheco procurou a polícia.
Enquanto conduzia a Amarok, Everton acabou batendo contra uma caminhonete Ford F350 que seguia no sentido contrário no pela Avenida Hélio Ribeiro, no Residencial Paiaguás. No entanto, não foi possível determinar se a colisão foi causada por uma tentativa de fuga ou pelo fato do ex-jogador ter sido baleado.
A fuga
Vídeo registrado por uma câmera de monitoramento flagrou a fuga do atirador. A imagem mostra também o momento que ele bate contra uma caminhonete Ford F350, logo após ser baleado.
Após a batida, a Amarok para nas margens da Avenida, próximo a um imóvel comercial. Um carro, marca e modelo não identificados, que seguia atrás da caminhonete da vítima, para do outro lado da rua. O criminoso que sequestrou e matou Everton desce do utilitário e atravessa a rua até o veículo.
Enquanto a guarnição ainda estava no local, recebeu a informação de que uma mulher procurou a delegacia de Polícia Civil relatando que seu ex-marido havia sequestrado seu amigo utilizando uma Amarok. Os policiais conferiram a identificação e constataram que se tratava da mesma pessoa.
Idirlei Alves Pacheco foi preso quatro dias depois do crime.
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