Polícia descarta suicídio e investiga marido por feminicídio de psicóloga em Sinop

A Polícia Civil descartou a hipótese de suicídio no caso da morte da psicóloga Janaina Carla Portela Santin, de 43 anos, encontrada sem vida na residência onde morava com o marido, na avenida das Figueiras, bairro Delta, em Sinop. O caso, inicialmente tratado como suicídio, passou a ser investigado como possível feminicídio, com o marido da vítima como principal suspeito.

O delegado Ugo Mendonça, responsável pela investigação, informou que laudos periciais indicam inconsistências na versão apresentada pelo homem, que afirmou ter sido atingido por um disparo após uma discussão, e que Janaina teria tirado a própria vida com um tiro na cabeça. No entanto, a perícia constatou a ausência de marcas de tiro encostado — característica comum em casos de suicídio com arma de fogo.

"Essa foi a principal constatação da equipe pericial. Não encontramos sinais de disparo encostado, o que afasta a possibilidade de suicídio", explicou o delegado. “Além disso, há divergências quanto à distância e ao ângulo dos disparos, inclusive o que atingiu a perna dele.”

No local do fato, os policiais encontraram uma pistola calibre .380, registrada no nome do suspeito, e cinco cápsulas deflagradas, embora a perícia tenha confirmado que seis disparos foram efetuados. A polícia também investiga a possibilidade de que o homem tenha alterado a cena do crime e provocado o próprio ferimento na perna.

Com base nas evidências colhidas e nas versões contraditórias apresentadas pelo suspeito, o suspeito permanece em audiência de custódia.

O caso segue sob investigação, com novas diligências em andamento para esclarecer todos os detalhes sobre a morte de Janaina, que deixa dois filhos.