Escolha certa
O ''inferno'' dos candidatos a prefeito e senador: vices e suplentes
O problema é o desgaste de uma escolha tornada pública, demorada, e que está situada entre os públicos interno e externo.
Política | 10 de Agosto de 2020 as 09h 08min
Fonte: Pedro Pinto de Oliveira

O candidato do partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, adversário do presidente Donald Trump, candidato à reeleição pelo Partido Republicano nas eleições de novembro, vive o momento entre o paraíso e o inferno: a escolha de um vice ideal. No caso de Biden, uma vice ideal, uma vez que já decidiu que escolherá uma entre as cinco mulheres do partido mais destacadas hoje.
Biden, que prometeu fazer história ao escolher uma mulher como sua candidata à vice-presidência, alimentou especulações sobre o assunto nos últimos meses. Em primeiro lugar, o candidato afirmou que quem quer que ele escolhesse teria de estar "pronto para ser presidente a qualquer momento". Então, Biden fez o acompanhamento fazendo aliados darem dicas públicas sobre as mulheres em sua lista, antes de anunciar, finalmente, o nome da sua candidata a vice-presidente.
O problema é o desgaste de uma escolha tornada pública, demorada, e que está situada entre os públicos interno e externo. Biden quer escolher um nome que agregue o partido e seja de amplo agrado do eleitorado americano. Entre a intenção e o gesto tem a realidade política: a vice pode ser a melhor para o partido e para o eleitorado e, ainda assim, a escolha deixará ressentimentos. A operação a ser feita é priorizar o eleitorado e, depois, curar eventuais feridas internas, mantendo a unidade e o ânimo do partido e aliados. Uma tarefa que cabe ao cabeça de chapa torna-la a menos traumática possível. Vice é conta de soma, não pode dividir e nem diminuir a força da chapa. Mas o óbvio às vezes é desafiado pelos políticos.
Esse será um dos problemas dos candidatos a prefeitos e, no caso de Mato Grosso, dos candidatos ao Senado. O prefeito tem que trazer para si a responsabilidade e a prerrogativa da escolha, sem ceder às pressões de aliados. Os candidatos a senador precisam escolher suplentes que façam somar sem ceder à imposição de nomes dos partidos aliados. Vice e suplente não podem se transformar no peso de uma âncora, puxando para baixo a candidatura do cabeça de chapa. Um desafio que se vence com sabedoria política.
A escolha precisa ser pessoal do candidato, seguindo sua intuição e as pesquisas qualitativas, e no tempo certo: sem pressa que pareça insegurança e sem demora que produza mais danos do que ganhos.
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