Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Boa noite, Sexta Feira 07 de Fevereiro de 2025

Menu

Potência

Agronegócio brasileiro mantém exportações em alta

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), que monitora o comércio exterior do Brasil, o setor gerou uma receita de R$ 990,78 bilhões (US$ 165,13 bilhões) em exportações

Rural | 20 de Janeiro de 2025 as 13h 31min
Fonte: PNB Online com Pensar Agro

Foto: Divulgação

Em 2024, o agronegócio brasileiro manteve sua força, mesmo enfrentando adversidades como problemas climáticos que impactaram as safras de grãos, café e cana-de-açúcar. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), que monitora o comércio exterior do Brasil, o setor gerou uma receita de R$ 990,78 bilhões (US$ 165,13 bilhões) em exportações. Esse valor, embora 1,2% menor que o registrado em 2023, representa a segunda maior receita da história das exportações do setor, consolidando sua relevância para a economia nacional.

Os produtos do agronegócio representaram 49% de todas as exportações brasileiras em 2024, com a China se destacando como principal destino. O mercado chinês, entretanto, reduziu suas compras em 17,5%, com destaque para a queda nas exportações de soja em grão, principal produto vendido ao país. A receita com a soja caiu para R$ 189 bilhões (US$ 31,5 bilhões), refletindo uma menor participação chinesa no mercado total de exportação brasileira.

Já os Estados Unidos ampliaram sua relevância, consolidando-se como o segundo maior destino dos produtos brasileiros. As vendas para o mercado norte-americano somaram R$ 72,6 bilhões (US$ 12,1 bilhões), um aumento de 23,1%. Produtos como café verde, celulose, carne bovina in natura e suco de laranja lideraram as exportações para os EUA.

A performance positiva do agronegócio foi impulsionada pelo aumento médio de 2,9% nos preços dos produtos exportados. Entre os destaques, o algodão registrou o maior crescimento, com uma alta de 62,4% na receita, alcançando R$ 32,46 bilhões (US$ 5,41 bilhões). O café também apresentou resultados expressivos, batendo recorde de R$ 73,62 bilhões (US$ 12,27 bilhões), mesmo enfrentando desafios logísticos. Outros produtos que se destacaram foram sucos, papel e celulose, açúcar e carnes.

Em contrapartida, houve quedas significativas em alguns segmentos. As exportações de óleo de soja e milho recuaram 47,8% e 40,2%, respectivamente, enquanto o complexo de soja registrou retração de 12,5%. Esses resultados refletem a redução de produtividade e o aumento da demanda doméstica por biodiesel e etanol de milho.

Do lado das importações, o setor desembolsou R$ 250,2 bilhões (US$ 41,7 bilhões), alta de 5,5%, impulsionada principalmente pela compra de fertilizantes. Ainda assim, a participação das importações do agronegócio no total nacional caiu para 15%, o menor nível em sete anos.

Com isso, o saldo da balança comercial do agronegócio atingiu R$ 740,58 bilhões (US$ 123,43 bilhões), uma leve queda de 3,3%. Esse superávit foi fundamental para compensar o déficit na balança comercial geral do país, que, sem o agronegócio, enfrentaria um saldo negativo significativo.

Esses números reforçam a importância do agronegócio como pilar econômico do Brasil, capaz de sustentar a balança comercial mesmo em cenários adversos.