Exportações
Brasil perde US$ 700 milhões em vendas de carne para os EUA
Exportações totais de carne bovina, porém, continuam crescendo no total
Rural | 17 de Novembro de 2025 as 12h 34min

Apesar das tarifas adicionais impostas pelo governo dos Estados Unidos aos produtos brasileiros desde agosto, as exportações de carne bovina do Brasil continuam em forte ritmo de crescimento, atingindo cifras históricas em outubro de 2025. Segundo dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações totais de carne bovina em outubro alcançaram US$ 1,897 bilhão (+37,4%) com uma movimentação de 360,28 mil toneladas (+12,8%). No mesmo período de 2024, o país havia exportado 319,3 mil toneladas, gerando receita de US$ 1,380 bilhão.
No acumulado dos primeiros dez meses de 2025, as exportações somaram US$ 14,655 bilhões, um aumento de 36% em relação ao mesmo período de 2024, com 3,148 mil toneladas exportadas (+18%), estabelecendo novos recordes para o setor.
China segue como principal destino
As exportações para a China, maior cliente brasileiro, continuam em alta. Até outubro de 2025, o país asiático comprou 1,323 mil toneladas, gerando US$ 7,060 bilhões em receita (+45,8%). A participação da China representou 42% do volume embarcado e 48,2% da receita total. Apenas considerando a carne in natura, que representa 90% das receitas, a participação chinesa foi de 58,7% em outubro e 53,9% no acumulado do ano. Pelo segundo mês consecutivo, as vendas para o país superaram US$ 1 bilhão.
EUA sofrem com tarifas e perdas chegam a US$ 700 milhões
As exportações de carne bovina para os Estados Unidos, segundo maior comprador, vêm sofrendo com as tarifas adicionais impostas pelo governo americano em agosto. Em outubro, as vendas de carne in natura para os EUA caíram 54%, totalizando US$ 58 milhões, enquanto a carne industrializada recuou 20,3%, somando US$ 24,9 milhões. Sebo e outras gorduras bovinas tiveram queda de 70,4%, para US$ 5,7 milhões.
Considerando apenas o período de agosto a outubro de 2025, as vendas totais de carne e subprodutos para os EUA recuaram 36,4%, resultando em perdas estimadas de aproximadamente US$ 700 milhões. Apesar disso, o impacto foi parcialmente compensado pelo aumento das exportações para outros mercados.
União Europeia, México, Chile e Rússia em alta
O bloco europeu foi o segundo maior destino em outubro, com crescimento de 112% em relação ao mesmo mês de 2024, alcançando US$ 140 milhões. No acumulado do ano, as vendas para a UE somaram US$ 815,9 milhões (+70,2%), com preço médio de US$ 8.362 por tonelada de carne in natura.
Entre os principais países compradores, destacam-se:
- México: passou de 38,8 mil toneladas em 2024 para 104,4 mil toneladas em 2025 (+169,2%), com receita de US$ 569,5 milhões (+217,6%).
- Chile: 103,6 mil toneladas (+20,2%) e receita de US$ 568,9 milhões (+40,5%).
- Rússia: 96,9 mil toneladas (+30,8%) com receita de US$ 413,5 milhões (+57,2%).
No total, 131 países aumentaram suas compras enquanto 46 reduziram até outubro de 2025.
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