'Visões distintas'
Encerramento das tratativas entre Inpasa e AMAGGI para joint venture e 'deixa na mesa' demanda adicional de 6 mi de t de milho
Rural | 15 de Outubro de 2025 as 07h 49min
Fonte: Notícias Agrícolas

As gigantes AMAGGI e Inpasa informaram, nesta terça-feira (14), que decidiram encerrar suas tratativas que estavam em andamento para a formação de uma joint venture para a produção de etanol de milho. Os comunicados repercutiram muito no setor, afinal, juntas as empresas poderiam trazer uma demanda adicional ao mercado de seis milhões de toneladas do cereal para a produção do biocombustível, como explica o head de commodities da Granel Corretora, Gilberto Leal.
Na nota conjunta enviada ao mercado, os grupos afirmam que "a decisão foi tomada após ambas as empresas concluírem que possuem visões distintas quanto à estrutura e governança do projeto, optando por seguir caminhos próprios neste momento. O processo foi conduzido de forma transparente, colaborativa e com total alinhamento aos princípios de boa governança corporativa".
"Isso seria muito interessante para o estado. Mato Grosso se tornaria ainda mais referência na verticalização da cadeia produtiva, agregando valor para DDG, etanol, entre outros subprodutos", diz.
Além disso, como detalha Leal, esta seria uma união importante de expertises. A Inpasa poderia trazer a expertise da tecnologia e da distribuição, principalmente considerando a aquisição de parte da Vibra pelo seu proprietário, que é uma distribuidora vinculada à Petrobras. Do mesmo modo, a AMAGGI agregaria muito no trading, no comércio e o acesso a mercados, que eventualmente a Inpasa ainda não teria.
"E isso sem considerar a infraestrutura logística. A AMAGGI tem posição de porto, posição logística, ativos de logística, ativos de porto, que a Inpasa ainda não tem. Ativos de logística para exportação. E isso traz um benefício gigante para a cadeia, seria uma união muito boa das duas", analisa Gilberto Leal.
Atualmente, o empresário José Odvar Lopes, proprietário da Inpasa, já figura como o maior acionista da Vibra, com cerca de 10,14% do capital da empresa, por meio de fundos geridos pela Nova Futura. O mercado é conhecedor do fato de Lopes, fundador da Inpasa - atualmente a maior produtora brasileira de etanol de milho - tem o desejo de atuar na distribuição de combustíveis.
Abaixo, veja os comunicados oficiais de ambas as empresas:
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