Crescimento
Exportações do agronegócio cresceram 1,5% em agosto
Nos primeiros oito meses do ano, vendas externas do setor ficaram estáveis
Rural | 15 de Setembro de 2025 as 12h 28min
Fonte: Globo Rural

As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 14,29 bilhões em agosto e cresceram 1,5% em comparação com o mesmo mês no ano passado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (12/9) pelo Ministério da Agricultura. O aumento no volume embarcado, de 5,1% na mesma comparação, compensou a queda de preços no período, que foi de 3,4%.
Mais Sobre Exportação
O Ministério da Agricultura informa que houve crescimento nos embarques tanto nas cadeias exportadoras mais tradicionais, como os complexos soja e carnes, quanto em itens de menor peso nas vendas externas do setor. Alguns alcançaram o melhor resultado mensal da série histórica, o que, na avaliação da Pasta, é reflexo da estratégia de diversificação de mercados adotada no atual governo.
“Somente em agosto de 2025 foram abertos 22 novos mercados e, desde agosto do ano passado, o número de destinos habilitados passou de 58 para 72. Esse avanço é resultado direto das 55 missões internacionais de negociação e promoção comercial realizadas em 2025.”
Entre os principais itens, os embarques de soja em grão somaram 9,3 milhões de toneladas, 16,2% a mais que em agosto de 2024, com US$ 3,88 bilhões em receita (+11%). Os exportadores de carne bovina venderam ao mercado externo 268 mil toneladas, alta de 23,5%, e faturaram US$ 1,5 bilhão (+56%). Já o milho totalizou 6,8 milhões de toneladas, crescimento de 12,9%, e receita de US$ 1,36 bilhão (+17%).
“A elevação na quantidade embarcada de soja, na quantidade e preço do milho e na quantidade e preço da carne bovina in natura foi o que mais contribuiu para o resultado positivo registrado no mês de agosto. Esses três produtos registraram exportações de US$ 1,12 bilhão a mais no mês”, informa o Ministério.
Entre os itens de menor participação, a Pasta destacou as exportações de 64,7 mil toneladas de sebo bovino, alta de 17,2% em relação a agosto de 2024, com uma receita de US$ 74,1 milhões (+36,4%). Tanto o volume quanto o faturamento foram recordes mensais.
As exportações de feijão foram de 58,4 mil toneladas, crescimento de 29% e faturamento de US$ 49,5 milhões (+27,5%). Outro destaque foi o óleo de amendoim, que triplicou as exportações e chegou a 13,3 mil toneladas em agosto de 2025. A receita foi de US$ 20 milhões (+573,4%).
A China se manteve como o principal parceiro comercial do agronegócio brasileiro em agosto. As vendas para o país foram de US$ 5,12 bilhões, aumento de 32,9% em comparação com o mesmo mês em 2024, e uma participação de 35,8% no total embarcado pelo setor. O segundo mercado foi a União Europeia, com US$ 1,9 bilhão.
Entre os destinos considerados em expansão, o destaque de agosto foi o México. O país comprou US$ 339 milhões (+91,9%) em produtos do agronegócio brasileiro. É o segundo principal destino na América Latina. O Egito elevou as importações em 14%, para US$ 342 milhões, com impulso do milho. Houve aumento de vendas também para Índia (+37,3%) e a Tailândia (+9,5).
O Ministério da Agricultura informou ainda que o agronegócio foi responsável por 47,9% do total das exportações brasileiras no mês de agosto, participação 1,1 ponto percentual inferior a agosto de 2024.
As importações, alcançaram US$ 1,60 bilhão em agosto de 2025, 1,2% acima do registrado no mesmo mês em 2024 (US$ 1,59 bilhão). O número, no entanto, não inclui insumos, como fertilizantes (US$ 1,88 bilhão; +20,9%) e defensivos agrícolas (US$ 627,68 milhões; +12,9%).
Acumulado do ano
O Brasil exportou US$ 111,69 bilhões em produtos do agronegócio de janeiro a agosto de 2025. O montante é praticamente estável em relação aos primeiros oito meses de 2024 (+0,02%). Em valor absoluto, o crescimento foi de US$ 25,8 milhões. A participação dos embarques do setor no total do Brasil no período caiu de 49,3% para 49,1%.
Os principais itens da pauta exportadora em valor foram complexo soja, com US$ 40,7 bilhões e participação de 36,5%; carnes, com US$ 19,4 bilhões e participação de 17,3%; produtos florestais, com US$ 11,2 bilhões e participação de 10%; café, com US$ 9,9 bilhões e participação de 8,9%; e complexo sucroalcooleiro, com vendas externas de US$ 9,5 bilhões e participação de 8,5%.
A China é o principal destino das vendas do agro brasileiro com 34,3% de participação, seguida por União Europeia (14,5%) e os Estados Unidos (7,6%).
“Outros destinos, como Vietnã, Turquia, Indonésia, México, Japão e Índia também tiveram participação relevante, reforçando a importância da Ásia e de blocos emergentes para a diversificação das vendas externas”, informa o Ministério da Agricultura.
As importações do agronegócio somaram US$ 13,49 bilhões entre janeiro e agosto de 2025, alta de 5,1% em relação ao mesmo intervalo no ano passado (US$ 12,83 bilhões).
Notícias dos Poderes
Produtividade do algodão é a segunda maior da história em Mato Grosso
15 de Setembro de 2025 as 10h26Valor da produção agrícola do Brasil caiu quase 4% em 2024
12 de Setembro de 2025 as 11h13Brasil atinge novo recorde com 350 milhões de toneladas de grãos
12 de Setembro de 2025 as 09h20Sorriso, no MT, tem maior PIB agrícola do país; veja o ranking
Soja é o principal produto cultivado no município
12 de Setembro de 2025 as 08h45Justiça afasta sócios da gestão de grupo empresarial de MT que tem dívidas de R$ 2,2 bilhões
11 de Setembro de 2025 as 10h48Aquecimento global tornará 97% do País impróprio para cultivo de alface, diz Embrapa
11 de Setembro de 2025 as 08h40Expansão da Inpasa mira demanda por etanol de milho nas regiões Norte e Nordeste
11 de Setembro de 2025 as 09h03Com safra recorde de grãos, custo de confinamento recua no Brasil
Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP) mostra queda de 3,02% no Centro-Oeste e de 1,18% no Sudeste
10 de Setembro de 2025 as 10h15