Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Boa noite, Sexta Feira 31 de Outubro de 2025

Menu

Agro

MT tem capacidade de armazenar só metade da safra

Entre um dos motivos estão as elevadas taxas de juros

Rural | 31 de Outubro de 2025 as 13h 59min
Fonte: Redação PP

Foto: Divulgação

Apesar de ser líder nacional na produção de grãos, Mato Grosso ainda enfrenta um grande déficit de armazenagem O Estado consegue estocar apenas cerca de 50% da sua safra de soja e milho, o que representa um déficit superior a 50 milhões de toneladas. Essa informação foi repassada pela economista e diretora do Movimento Mato Grosso Competitivo (MMTC), Vanessa Gasch, durante o podcast Agro de Primeira MT.

Segundo a representante, o gargalo na infraestrutura de armazenagem tem impacto direto na competitividade do agronegócio mato-grossense. “Em períodos de colheita, é comum ver verdadeiras montanhas de milho a céu aberto no interior do estado. A falta de silos e armazéns adequados obriga muitos produtores a recorrerem a alternativas improvisadas, como o silo bag, que nem sempre é suficiente ou seguro”, avalia.

Na entrevista, a diretora fala sobre alguns dos motivos dessa falta de armazenagem cuja maior parte da capacidade está concentrada nas mãos de empresas privadas e tradings. “Com uma taxa de juros de 15%, é difícil convencer o produtor a investir em algo que pode levar 15 anos para se pagar. É um investimento alto e de retorno demorado”, afirma.

Atualmente, o Plano Safra oferece o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), mas as taxas de juros ainda são consideradas elevadas. Além disso, muitos produtores enfrentam dificuldade para acessar o crédito.

Segundo informações do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), para investimentos relativos à armazenagem de grãos de unidades com capacidade de até 12.000 toneladas, a taxa de juros está prefixada em até 8,6% ao ano. O valor máximo do financiamento por cliente e por ano agrícola pode chegar a R$ 50 milhões, quando destinado a investimentos relativos à armazenagem para grãos por produtores rurais e a R$ 200 milhões, quando destinado a cooperativas de produção.