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Sinop

Estado paga parte dos atrasados e Hospital quita salários

Hospital Santo Antônio teme por futuros atrasos

Saúde | 23 de Janeiro de 2025 as 16h 17min
Fonte: Jamerson Miléski

Foto: Divulgação

Depois do assunto ganhar espaço nos noticiários e lideranças se mobilizarem, o Governo do Estado de Mato Grosso realizou o pagamento, parcial, dos valores pendentes com o Hospital Filantrópico Santo Antônio, de Sinop. O pagamento foi executado nesta quarta-feira (22), no mesmo dia em que a justiça determinou o bloqueio das contas do Estado para executar o pagamento. Os dois valores – repassados pelo Estado e bloqueados pela Justiça - caíram na conta do Hospital, que acabou estornando o dinheiro transmitido pelo judiciário.

O valor que caiu no caixa do Santo Antônio foi de R$ 4,7 milhões. O repasse corresponde a prestação de serviços realizados ao longo de agosto, setembro e outubro. Segundo o diretor do Hospital, Wellington Randal, meia hora após receber o recurso foi realizado o pagamento dos funcionários da unidade.

A equipe do Hospital Santo Antônio estava com o salário do mês de dezembro atrasado, bem como a segunda parcela do 13º salário em aberto. As pendências desencadearam mobilizações dos funcionários e a suspensão de alguns atendimentos.

Segundo Randal, os problemas financeiros da unidade derivam de um atraso sistemático nos pagamentos dos convênios com o Governo do Estado, através da secretaria de Saúde, relativos aos serviços SUS prestados pelo Hospital. O Santo Antônio é o único de Sinop credenciado pelo SUS para realização de internação e de cirurgias oncológicas, partos, ginecologia e obstetrícia, suporte a nefrologia e para atendimento em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Cerca de 60% do atendimento é feito pelo SUS e 40% atende à rede particular e convênio com planos de saúde.

O pagamento executado pelo Estado nesta quarta-feira responde a uma parte da dívida. O Hospital ainda tenta receber os valores referentes aos meses de novembro e dezembro – que correspondem a aproximadamente R$ 10 milhões. Caso o Estado protele novamente esses pagamentos, a situação financeira do Hospital volta a se complicar. “Dois ou três meses de atraso o Hospital até consegue suportar. Mais que isso não tem como”, explica Randal.

Segundo o diretor, o Hospital tem realizado devidamente as prestações de contas dos serviços prestados através do SUS e não compreende os motivos da demora das avaliações dos processos e dos pagamentos. O problema pode ser de fluxo dentro da Secretaria de Saúde. Informações obtidas pelo GC Notícias dão conta que o prazo de tramitação de uma nota fiscal dentro da pasta chega a ser de 20 dias – o que geraria um “atraso institucional” de quase um mês em qualquer pagamento.