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NOVO, de novo

Notícias dos Poderes | 30 de Julho de 2018 as 16h 41min

O termo “Novo” é um dos mais recorrentes na política. Desde sempre, partidos, candidatos e lideranças, se apresentam como o “novo” na política. Uma das mais célebres aplicações desse termo foi no Estado Novo, alcunha parida por Getúlio Vargas para impedir a eleição de 1938 e manter-se como ditador, na presidência da República, até 1945.

Praticamente toda eleição teve um “novo”. A eleição de 2018 tem um Partido NOVO, que atraiu para si o termo como síntese dos ideais que pretende trazer para política nacional. É interessante e conversa exatamente com o anseio do eleitorado. O Brasil pede por uma nova política. A questão é que, não basta se auto-intitular NOVO, é preciso provar.

O GC Notícias publicou, nesse mesmo espaço, uma análise referente a participação do NOVO nas eleições de 2018. Frisamos que, o posicionamento da sigla no Estado corresponde exatamente as exigências de quem pretende vencer a cláusula de barreira imposta pela PEC 33/2017. Os dirigentes do NOVO nos enviaram uma resposta (também publicada aqui). Na Nota, o NOVO diz que quer acabar com o horário eleitoral gratuito, que sua premissa estatutária é não utilizar recursos públicos para campanha e que, ao final do processo irá devolver o soldo do Fundo Partidário já remetido à sigla. Certo, mas por enquanto, isso é discurso. Só será uma ação afirmativa quando o NOVO tiver efetivado a devolução dinheiro do Fundo Partidário, quando renunciar ao espaço no horário eleitoral gratuito e, de alguma forma, trabalhar para acabar com essa prática.

Em suma, para ser novo, o NOVO precisa se comportar como novo, não basta se auto-afirmar. Isso, aliás, é algo velho na política. O fanatismo político que observamos em alguns militantes/simpatizantes da sigla após a análise postada pelo GC Notícias, também não tem nada de NOVO. Em uma democracia, toda liderança política eleita é legítima até que se prove o contrário. Diferente disso é flertar com o Estado NOVO e sua ditadura.